segunda-feira, 21 de maio de 2012

Primeiro Bastimo 2012 Ministério Um Novo Viver





                       Neste domingo dia 20/05/2012 as 11:00 foi realizdo o primeiro bastismo nas águas de 2012 do ministério um novo viver na congregação da quadra 378 do del lago  . muito irmãos desceram as águas ontem ali . o bastismo foi celebrado pelo nosso pastor presidente Andre Cesário Rocha e o pastor dirigente da igreja sede Gil ribeiro , foi um momento de comunhão e de muito louvor a Deus .
                       Todas as fotos estão em nossa galeria de fotos do blog .

"E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos".
Mateus 28:18-20

terça-feira, 15 de maio de 2012


AMADOS VISITANTES AS FOTOS DA CONSAGRAÇÃO DE OBREIROS NA ADET JA ESTÃO DISPONÍVEIS NA GALERIA DE FOTOS .

quinta-feira, 3 de maio de 2012

E TUDO COMEÇOU...








A CHEGADA AO BRASIL
Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram em terras brasileiras no dia 19 de novembro de 1910. Tudo era estranhíssimo para os dois suecos. As pessoas malvestidas, os leprosos a desfilar seus corpos mutilados, apresentando pungente espetáculo pelas ruas. Mas o Senhor de fato os enviara, e aqui estava para guardá-los do contágio e, logo, das agressões, ofensas e ameaças. Alguns dos alegres passageiros que com eles chegaram ao porto de Belém nunca imaginaram que viriam a ser infectados, o logo depois teriam seus nomes no rol dos mortos.
No modesto hotel (onde por um dia se hospedaram) consumiram os seus pobres 16 mil réis. Com os níqueis restantes, iriam de bonde, no dia seguinte, em busca da residência do pastor metodista Justo Nelson, diretor do jornal que, "casualmente",
chegara às mãos de Vingren no quarto onde se haviam hospedado. Para surpresa deles, tratava-se de um conhecido de Vingren, nos Estados Unidos.
Separados para as missões por uma igreja batista, nada mais natural do que encaminhá-los aos irmãos da mesma fé, o que se fez.
No dia seguinte, foram muito bem recebidos pelo missionário Erik Nelson. Este, como eles de nacionalidade sueca, convidou-os a cooperarem no trabalho. E ofereceu-lhes o porão da igreja, onde se alojaram.
  
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FAZENDO DISCÍPULOS

Ninguém poderia, nem de longe,  imaginar que na humildade do sombrio e sufocante porão da igreja Batista da Rua João Balby, 406, nasceria a maior comunidade pentecostal da história. Coisas surpreendentes começaram a acontecer; é verdade, mas nada indicava que os dois missionários pudessem vir a ser os detona­dores de uma revolução espiritual de tamanhas proporções. As obras que o Espírito realizava já eram algo bem acima de tudo quanto se poderia esperar.
Apesar do exíguo espaço ocupado pelos missionários, muitos irmãos os visitavam. E eram ensinados sobre os dons espirituais, e estimulados a buscar o batismo no Espírito Santo.
Os sinais iam seguindo os que criam. O Senhor curou uma paralítica, que imediatamente deixou as muletas. (Ela as prendeu na parede de sua sala para que, mudas, mas eloqüentes, a todos falassem do milagre.)
Várias outras provas da operação divina foram testemunhadas pelos crentes. Mas o mais impressionante aconteceu com a irmã Celina Albuquerque: Jesus a libertou totalmente do câncer que se enraizava em seu rosto! Naquela mesma semana, ela estava a orar de madrugada, quando foi batizada no Espírito Santo. Era a primeira pessoa a receber a promessa pentecostal no Brasil. No dia seguinte, sua irmã Nazaré teve a mesma experiência.
A princípio, não havia qual­quer divergência em torno de Berg e Vingren. Eles eram re­conhecidos por todos como inquestionável resposta as suas súplicas. Os crentes mais fervorosos vinham se reunindo no templo para orar no sentido de que Jesus lhes mandasse um obreiro. Seu pastor fazia longas viagens, a evangelizar no Norte e Nordeste, e havia necessidade de ajudadores. Os suecos eram uma bênção também para as outras três igrejas evangélicas existentes na cidade: todos queriam vê-los e ouvi-los. Todos os amavam, e consideravam um milagre o fato de não adoecerem naquelas condições de insalubridade
, sem falar do calor de Belém.
O Pr. Nelson Erick via crescer o número de visitantes: agora tornava-se bem mais promissora a obra que anelava realizar. A Primeira Igreja Batista, por ele fundada em 1897, com tantos anos de existência, até então não tinha sequer duas dezenas de membros!
Daniel e Gunnar sabiam também que o Pr. Nelson, logo que chegara ao Brasil, dispôs-se a rogar a Jesus que o batizasse no Espírito Santo. Decorridos catorze dias de súplicas, o Senhor começou a derramar copioso poder sobre ele. Sua esposa, porém, temerosa, rogou-lhe que parasse com "aquilo", não lhe permitindo que recebesse a promessa. Desde então Nelson fez-se declarado inimigo da doutrina pentecostal.


A LINGUAGEM DO AMOR 


Daniel conta: “Chegou ao conhecimento do pastor batista a notícia do progresso do nosso trabalho, e que o folheto por ele escrito contra nós contribuiu para maior desenvolvimento da obra. Isso serviu para que ele rompesse definitivamente relações conosco, criando-se um abismo entre ele e nós. De nos­sa parte, estávamos penalizados com a situação que ele criou, pois sua vida transformou-se inteiramente. Já não era o homem alegre de outrora; andava sozinho. As únicas ocasiões em que falava, era quando pregava, as­sim mesmo a pregação era uma contínua agressão, contra nós e contra a Obra que se iniciara. A assistência à sua igreja diminuía dia a dia; chegou a ponto de não poderem sustentá-la, tão poucos eram os membros. 
"Os membros ativos, cujos co­rações ardiam de zelo pelas al­mas e que eram sustentáculos espirituais da igreja, sentiam-se mal com a atitude agressiva do pastor; por isso vinham à Assembléia, e ficavam. 

"Certo dia, os membros expulsos da igreja batista (...), vendo que seu antigo pastor passava privações e tinha as roupas gastas, tomaram a decisão de ajuda-lo e sustentá-lo, apesar de tudo quanto tinha feito contra eles. Esse gesto altruístico falava a linguagem do amor divino e demonstrava o amor cristão de que os irmãos estavam possui­dos. O pastor recebeu com alegria o auxilio..."


O PREÇO DA REJEIÇÃO 
Nenhum deles se alegrou em ver os sofrimentos do pastor, ao saber dos seriíssimos problemas que lhe sobrevieram e à igreja, desde quando a renovação espiritual foi rejeitada, e os que anelavam recebê-la sofreram a humilhação e a dor do expurgo. Uma sucessão de gravíssimas situações abateu-se sobre a igreja, que, nas palavras de um certo historiador batista,  "foi destroçada". E levou algum tempo para começar a recompor-se. Depois disso, com crises sobre crises, o novo pastor - Luís Reis - logrou conduzir o diminuto rebanho por algum tempo, até que os problemas culminaram com sua própria exclusão. Seu sucessor, o dr. Dawning, um norte-americano, conceituado médico, assumiu o pastorado em 1917. Começou bem, mas logo depois precisou viajar com urgência para o seu país, em busca da cura de grave enfermidade em sua esposa.


ROMPIMENTO 


Sem o apoio com que contava, o pastor ouviu, de um diácono, palavras ponderadas, mas firmes e decididas: "Compreendo muito bem os seus sentimentos, pastor; o senhor declara que está entre um grupo de traidores, que se distanciaram dos ensinos que lhes ministrou. Acha que não estamos seguindo o caminho que nos ensinou. Entretanto, isso não é verdade. Nunca estivemos mais certos do que agora, jamais ti­vemos tanta fé como atualmente. O que aconteceu foi que ago­ra achamos alguma coisa mais, a fé e o poder do Espírito Santo. 
"Não temos queixa, pastor, de não nos haver falado destas coisas, pois o senhor desconhecia estas verdades, de modo que não as conhecendo, não as poderia ensinar a outros. Nós desejaríamos que o senhor também recebesse estas bênçãos de Deus, a fim de nos entendermos melhor e podermos sentir a mesma comunhão com os irmãos que vieram de outras terras." 
Em seguida, "o pastor", conta Daniel, "olhou mais uma vez em redor e esperou que alguém se manifestasse a seu favor; mas foi em vão. A seguir, dirigiu-se a mim e ao irmão Vingren e disse: 'Já tomei a decisão. A partir deste momento não podem ficar morando aqui (...), não os queremos mais aqui.' 
"Erick dirigiu a palavra aos outros, e quis saber: 'Quantos estão de acordo com essas falsas doutrinas?"' Sem vacilar, dezenove mãos se levantaram. 
A primeira preocupação de Vingren foi com a moradia onde pudessem receber os irmãos. Daniel o tranqüilizou. Embora não tivesse ouvido o diálogo, o diácono que se havia pronunciado em nome do grupo aproximou-se e ofereceu-lhes a sua ampla sala para as reuniões e convidou-os a morar em sua casa. O coração generoso tinha razões sobejas para amar os dois missionários: a curada de câncer e logo batizada no Espírito Santo era sua esposa.

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A NOVA COMUNIDADE 

Excluídos pela minoria inimiga do avivamento, os crentes, sob a liderança de Vingren e Berg, estavam atônitos. Não era seu propósito fundar nova igreja. Em se tratando, porém, de fato consumado, era imperioso sobre o destino a tomar. 
Os excluídos por iniciativa de Raimundo Nobre (primo de Adriano Nobre, o amigo dos missionários - futuro pastor da Assembléia de Deus), no dia 18 de junho já se organizavam em sua própria comunidade, na residência  de  Henrique Albuquerque, Rua Siqueira Mendes, 79, no bairro Cidade Velha. A história nada registra sobre a escolha do nome, e sobre quem o propôs. Informa, tão-somente, que foi escolhido o de Missão da Fé Apostólica. Punhadinho de crentes, dezenove, que lançou a semente da Assembléia de Deus então constituído das seguintes pessoas: José Plácido da Costa, Piedade da Costa, Prazeres Costa, Henrique Albuquerque, Celina Albuquerque, Maria de Nazaré, Manoel Maria Rodrigues, Jesusa Dias Rodrigues, José Batista de Carvalho, Maria José de Carvalho, Antônio Men­des Garcia, Manoel Dias Rodrigues, Emilia Rodrigues, Joaquim Silva, Benvinda Silva, Ana Silva, Teresa Silva, Isabel Silva e João Domingues. 
Gunnar Vingren foi aclamado pastor da novel igreja e Daniel Berg seu auxiliai; com a responsabilidade pela colportagem, mister que tanto o apaixonava. 



NASCE A ASSEMBLÉIA DE DEUS


Quanto à denominação Assembléia de Deus, o pioneiro Manoel Rodrigues lembrava, em fins dos anos setentas, sobre a primeira vez que se ventilou o assunto. Um grupo de ir­mãos saía da congregação Vila Coroa e se encontrava na para­da do bonde de Bernal do Couto. Vingren indagou a respeito da questão e informou que nos Estados Unidos haviam adotado o nome Assembléia de Deus ou Igreja Pentecostal (*) (**) (***). Houve unanimidade em torno do primeiro nome mencionado. Em 11 de janeiro de 1918, o título Assembléia de Deus foi oficialmente registra­do. Não se tratava, portanto, de igreja filiada a alguma missão estrangeira; ela nascia genuinamente nacional, característica que sempre primou em manter.




OS ÚLTIMOS DIAS DOS NOSSOS MISSIONÁRIOS
                       





GUNNAR VINGREN


Regressou à Suécia aos 53 anos, a 15 de agosto de 1932, quando em plena atividade pastoral, no Rio de Janeiro. Em 2 de junho de 1933, às duas horas e 
45 minutos da tarde, partia para as moradas eternas. Seu filho Ivar recorda: "Dois dias antes, ele fora arrebatado. Esteve no céu e viu coisas maravilhosas. Quando voltou, cantou em línguas hinos espirituais, e em seguida disse para minha mãe: ‘Agora eu sei que Jesus vai me levar, agora sei que vou embora para o céu. ‘Dois dias depois ele nos chamou a todos, e se despediu de cada um de nós, nos deu uma palavra, um conselho para cada um especificamente." 
Frida, a esposa, assim testemunha sobre a morte de Gunnar Vingren: "...com os braços levantados, exclamou: 'Jesus tu és maravilhoso. Aleluia! Aleluia!"'


DANIEL BERG
Já era quase octogenário quando retornou à pátria pela qual pulsava tão fortemente o seu coração (não era mais, porém, que o seu amor a Cristo e à Obra do Senhor). No hospital, o enfermo ancião cujas mãos, em nome de Cristo, curaram talvez milhares e abençoaram milhões, combalido, mas perseverante, percorria as enfermarias, não obstante as interdições médicas, a distribuir folhetos com a doce mensagem da cruz. Nunca deixou de exercer a sua missão de embaixador de Cristo. 
Quando a morte chegou (em 1963), feliz ele sorria, como a dizer: "Onde estão, ó morte, os teus aguilhões?" E em Cristo se abrigou para todo o sempre. 
Só os céus podem avaliar o quanto os dois pioneiros fizeram pela saúde espiritual do Brasil, onde o povo, maciçamente, com pouquíssimas exceções, pendia para a crendice e os ídolos.


Biografia do Pr. Gunnar Vingren







Quem foi Gunnar Vingren, pioneiro no movimento pentecostal
Nasceu no dia 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Seu pai era
jardineiro, profissão que Vingren seguiu até aos 19 anos. Foi criado num genuíno
lar cristão. Substituindo seu pai na Escola Dominical, aos 18 anos, o Espírito Santo
falou ao seu coração de que seria um missionário.
Seu Preparo
Em 1898, Vingren teve
oportunidade de participar de
uma Escola Bíblica. Ao final
daquele mês de estudos
começou o trabalho
missionário no interior de seu
país. Em 1903, viajou para os
Estados Unidos ingressando
no Seminário Teológico
Batista em Chicago. Em
1909, Deus o encheu de uma
grande sede quanto a buscar
o batismo no Espírito Santo, o que não tardou a receber. Ao pregar esta verdade à
igreja que pastoreava, começaram os problemas; a igreja se dividiu entre os que
acreditavam e os que não acreditavam na sua pregação. Dirigiu-se, então, para
South Bend, Indiana, onde a igreja recebeu com alegria as Boas Novas, tornandose uma igreja pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo no primeiro verão.
Sua Chamada Para o Brasil
Numa reunião de oração foi revelado, a um dos
irmãos presentes, que Gunnar Vingren serviria ao
Senhor no Pará. Descobriu-se mais tarde que se
tratava de um estado no norte do Brasil. Numa outra
reunião de oração, Daniel Berg, seu futuro
companheiro, que conhecera numa conferência em
Chicago, foi chamado para acompanhá-lo ao Brasil.
Depois disto, não demorou muito para que a ida ao
campo se tornasse uma realidade. Seus últimos dias
na América foram de provas; um atestado de que
Deus era quem os chamava para o grande trabalho
missionário. Finalmente, no dia 5 de novembro de
1910, partiram do porto de Nova Iorque com destino
a Belém do Pará
Adaptação ao Campo
No dia 19 de novembro desembarcaram em terras brasileiras. Com certa
dificuldade, sobretudo porque não falavam a língua nativa, chegaram até à casa de
um pastor batista que lhes ofereceu hospedagem no interior de um corredor
escuro, sem janelas, no porão da casa. Para aprenderem o português, Daniel
trabalhava numa fundição durante o dia, enquanto Gunnar estudava; e, à noite,
Gunnar compartilhava o que tinha aprendido. Apesar da pobreza, da simplicidade
da alimentação, das doenças, do calor e dos mosquitos, a chama do Evangelho enchia seus corações cada vez mais de alegria, atenuando assim o sofrimento.
Primeira Assembléia de Deus
Depois de seis meses, Vingren foi convidado para dirigir um culto de oração.
Aproveitou a oportunidade para ensinar acerca das operações do Espírito Santo e
da cura divina. Durante aquela semana, nas reuniões de oração nos lares, o Senhor
curou a senhora Celina Albuquerque de uma doença incurável e dias depois a
batizou com Espírito Santo, sendo então, a primeira pessoa brasileira a receber a
promessa. Na semana seguinte, o pastor da igreja entrou de surpresa num
daqueles cultos. Depois de declarar várias acusações, insinuando que eles
ensinavam falsas doutrinas, provocou uma divisão na igreja resultando na exclusão
dos missionários e mais dezoito membros que os apoiaram. Então, em 18 de junho
de 1911, os chamados "excluidos da Igreja Batista" formaram a primeira
Assembléia de Deus.
Avanço da Obra
O trabalho missionário não se deteve. Avançando de cidade em cidade, o Evangelho
era pregado e os milagres aconteciam. Sofriam muitas perseguições, sobretudo
pelos católicos que eram ensinados que a Bíblia dos protestantes era falsa, e, se
alguém a lesse seria conduzido ao inferno. Apesar das dificuldades, por onde
passavam, o Senhor curava, salvava, batizava com o Espírito Santo e manifestava
seu poder através dos seus dons, sinais e maravilhas. Dessa forma, o número de
crentes crescia a cada dia. Contemplavam, também, o fim daqueles que se
levantavam contra a obra, pois era o próprio Deus quem lhes dava a recompensa.
Nos primeiros quatro anos de trabalho foram 384 pessoas batizadas nas águas e
276 no Espírito Santo, na igreja de Belém do Pará. Depois de cinco anos em terras
brasileiras Vingren foi à Suécia, onde, por três meses pôde compartilhar as
maravilhas que Deus operara no Brasil. Pouco antes de seu regresso, encontrou-se
com a enfermeira chamada Frida Strandberg que também tinha chamada
missionária para o Brasil. Mais tarde, eles se casaram em Belém do Pará. No desejo
de que todo o Brasil recebesse a mensagem, foram enviados missionários a
Alagoas e Pernambuco. Gunnar Vingren com sua família foram para o sul, passando
pelo Rio de Janeiro, depois Santa Catarina e outras cidades no estado de São Paulo.
Após outra série de viagens, Gunnar voltou alguns anos depois para residir
permanentemente no Rio de Janeiro. Assim como no Pará, a obra pentecostal no
Rio de Janeiro crescia exponencialmente. Vingren participava ali da edição do jornal
"Mensageiros da Paz", além de seu trabalho como pastor e evangelista. De 5 a 10
de setembro de 1930 houve uma importante Conferência Nacional dos obreiros
pentecostais em Natal; a principal decisão foi a de que a obra missionária na região
norte estaria sendo dirigida exclusivamente por obreiros nacionais. Os anos
seguintes foram de grande expansão da obra, sobretudo no Rio de Janeiro. No dia
15 de agosto de 1932, o pastor Gunnar Vingren e sua família despediam-se da
igreja do Rio de Janeiro e do Brasil voltando à Suécia.
Seus Últimos Dias
Gunnar Vingren, no tempo que viveu no Brasil, apresentou alguns problemas de
saúde que se agravaram depois que retornou à Suécia. No dia 29 de junho de 1933
ele entrou no descanso eterno. Sua esposa, através de uma carta enviada ao Brasil,
descreveu detalhadamente a paz, a confiança e o consolo estampados no
semblante de Gunnar no seu momento último.
Família Vingren, uma existência para a glória de Deus.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

História




Conheça a história do missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil

Foto: Daniel Berg, com sua família. Berg fundou as Assembleias de Deus no Brasil em 18 de junho de 1911, juntamente com Gunnar Vingren e 18 crentes batistas de Belém (PA) que creram na doutrina do batismo no Espírito Santo.

DANIEL BERG
(1884–1963)
Missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil. Nasceu em 19 de abril de 1884, na pequena cidade de Vargön, na Suécia, às margens do lago de Vernern. Quando recém-nascido, o padre da cidade visitou inúmeras vezes a casa de seus pais para convencê-los a batizá-lo, mas nada conseguiu. Por isso, desde criança, Daniel era mal visto pelo padre, que, desprestigiado, passou a dizer que a criança que não fosse batizada por ele jamais sairia de Vargön. “Já naquele tempo pude observar a desvantagem e o perigo de o povo ter uma fé dirigida, sem liberdade. A religião que dominava minha cidadezinha e arredores impossibilitava as almas de terem um encontro com o Salvador”, conta o pioneiro em suas memórias.

Quando o evangelho começou a entrar nos lares de Vargön, seus pais, Gustav Verner Högberg e Fredrika Högberg, o receberam e ingressaram na Igreja Batista. Logo procuraram educar o filho segundo os princípios cristãos. Em 1899, quando contava 15 anos de idade, Daniel converteu-se e foi batizado nas águas na Igreja Batista de Ranum.

Em 1902, aos 18 anos, pouco antes do início da primavera nórdica, deixou seu país. Embarcou a 5 de março de 1902, no porto báltico de Gothemburgo, no navio M.S. Romeu, com destino aos Estados Unidos. “Como tantos outros haviam feito antes de mim”, frisava. O motivo foi a grande depressão financeira que dominara a Suécia naquele ano.

Em 25 de março de 1902, Daniel desembarcou em Boston. No Novo Mundo, sonhava, como tantos outros de sua época, em realizar-se profissionalmente. Mas Deus tinha um plano diferente e especial para sua vida.

De Boston, viajou para Providence, Rhode Island, para se encontrar com amigos suecos, que lhe conseguiram um emprego numa fazenda. Permaneceu nos Estados Unidos por sete anos, onde se especializou como fundidor. Com saudades do lar, retornou à cidade natal, onde o tempo parecia parado. Nada havia se modificado. Só Lewi Pethrus*, seu melhor amigo, companheiro de infância, não morava mais ali. “Vive em uma cidade próxima, onde prega o evangelho”, explicou sua mãe.

Logo chegou a seu conhecimento que seu amigo recebera o batismo no Espírito Santo, coisa nova para sua família. A mãe do amigo insistiu para que Daniel o visitasse. Aceitou o convite. No caminho, estudou as passagens bíblicas onde se baseava a “nova doutrina”.

Chegando à igreja do amigo Lewi Pethrus (Igreja Batista de Lidköping), encontrou-o pregando. Sentou e prestou atenção na mensagem. Após o culto, conversaram longamente sobre a nova doutrina. Daniel demonstrou ser favorável. Em seguida, despediu de seus pais e partiu, pois sua intenção não era permanecer na Suécia, mas retornar à América do Norte.

Em 1909, em meio à viagem de retorno aos Estados Unidos, Daniel orou com insistência a Deus, pedindo o batismo no Espírito Santo. Como não estava preocupado como da primeira vez, posto que já conhecia os EUA, canalizou toda a sua atenção à busca da bênção.

Ao aproximar-se das plagas norte-americanas, sua oração foi respondida. A partir de então, sua vida mudou. Daniel passou a pregar mais a Palavra de Deus e a contar seu testemunho a todos.

Ainda em 1909, por ocasião de uma conferência em Chicago, Daniel encontrou-se com o pastor batista Gunnar Vingren, que também fora batizado no Espírito Santo. Os dois conversaram horas sobre as convicções que tinham. Uma delas é que tanto um como o outro acreditava que tinham uma chamada missionária. Quanto mais dialogavam, mais suas chamadas eram fortalecidas.

Quando Vingren estava em South Bend, Daniel Berg estava trabalhando em uma quitanda em Chicago quando o Espírito Santo mandou que se mudasse para South Bend. Berg abandonou seu emprego e foi até lá, onde encontrou Vingren pastoreando a igreja Batista dali. “Irmão Gunnar, Jesus ordenou-me que eu viesse me encontrar com o irmão para juntos louvarmos o seu nome”, disse Berg. “Está bem!”, respondeu Vingren com singeleza. Passaram, então, a encontrar-se diariamente para estudarem as Escrituras e orarem juntos, esperando uma orientação de Deus.

Após a revelação divina dada ao irmão Olof Uldin de que o lugar para onde deveriam ir era o Pará, no Brasil, Daniel Berg, contra a vontade dos seus patrões, abandonou o emprego. Eles argumentaram: “Aqui você pode pregar o Evangelho também, Daniel; não precisa sair de Chicago”. Mas ele estava convicto da chamada e não voltou atrás.

Ao se despedir, Berg recebeu de seu patrão uma bolacha e uma banana. Essa era uma tradição antiga nos Estados Unidos. Simbolizava o desejo de que jamais faltasse alimento para a pessoa que recebesse a oferta.

Esse gesto serviu de consolo para Berg, que em seguida partiu com Vingren para Nova Iorque, e de lá para o Brasil em um navio.

No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Port of Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado na compra de Bíblias nos Estados Unidos.

Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior.

Após a evangelização de Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização da Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que iam se formando por onde passava.

No início de 1920, Daniel visitou a Suécia, onde se enamorou com a jovem Sara, com quem se casou em 31 de julho daquele ano. Em março de 1921, retornou ao Brasil, acompanhado por sua esposa. O casal teve dois filhos: David e Débora.

Em 1922, seguiu para Vitória (ES) para estabelecer a Assembleia de Deus naquela capital, permanecendo até 1924, quando foi para Santos fundar a AD no Estado de São Paulo. Em 1927, o casal Berg mudou-se para a capital São Paulo, onde Daniel continuou fazendo seu trabalho de evangelismo até 1930.
Depois de um período de descanso, seguiu para a obra missionária em Portugal, entre os anos 1932-1936, na cidade de Porto. Após passar pela Suécia, retornou ao Brasil, em 11 de maio de 1949. Permaneceu na cidade de Santo André (SP) até 1962, quando retornou definitivamente para a Suécia.

Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado. Sempre que surgia algum problema, estas eram suas palavras: “Jesus é bom. Glória a Jesus! Aleluia! Jesus é muito bom. Ele salva, batiza no Espírito Santo e cura os enfermos. Ele faz tudo por nós. Glória a Jesus! Aleluia!”.

No Jubileu de Ouro das Assembleias de Deus no Brasil, comemorado em Belém, Berg estava lá, inalterado, enquanto os irmãos faziam referência a sua atuação no início da obra. Para ele, a glória era única e exclusivamente para Jesus. Berg considerava-se apenas um instrumento de Deus.

Nas comemorações do Jubileu no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, quando pastor Paulo Leivas Macalão colocou em sua lapela uma medalha de ouro, Berg externou visivelmente em seu rosto a ideia de que não merecia tal honraria.

Até 1960, Berg recebeu, diretamente de Deus, a cura de suas enfermidades mediante a oração da fé. Mas, a respeito de suas condições de vida nos seus anos finais, pode-se inferir que não tinha o amparo que merecia. A esse respeito, o pioneiro Adrião Nobre protestou na revista A Seara, edição de novembro-dezembro de 1957, p. 32: “O irmão Berg reside em São Paulo (cidade de Santo André). Não sei como ele vive ultimamente; tive, contudo, notícias desagradáveis com relação à sua condição de vida – não tem, segundo soube, o descanso que merece, nem o conforto que lhe devemos proporcionar. Irmãos, não sejamos injustos, lembremo-nos de auxiliar o tão amado pioneiro da obra pentecostal no Brasil”.

Em 1963, foi hospitalizado na Suécia. Mesmo assim, ainda trabalhava para o Senhor. Ele saía da enfermaria para distribuir folhetos e orar pelos que se decidiam. A disciplina interna do hospital não lhe permitia fazer esse trabalho, por isso uma enfermeira foi designada para impor-lhe a proibição. Porém, ao deparar-se com o homem de Deus alquebrado pelo peso dos anos, mas vigoroso em sua tarefa espiritual, não teve coragem e desistiu da tarefa. Berg, então, continuou a oferecer literaturas.

Finalmente, em 27 de maio de 1963, aos 79 anos, Daniel Berg morreu. Sua esposa, Sara, faleceu em 11 de abril de 1981.

Fontes: BERG, Daniel. Enviado por Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 8ª edição, 2000, 208 pp; VINGREN, Ivar. O diário do pioneiro – Gunnar Vingren. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 1973, 222 pp; CONDE, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 2000. pp. 19- 50; Ivar Vingren skriver om svensk pingstmission i Brasilien - Från missionsInstitutes serie av missionärsberättelser (Ivar Vingren escreve sobre a missão pentecostal sueca no Brasil - Da série de relatos de missionários do Instituto de Missões). Suécia, 1994, pp. 20-27; DESPERTAMENTO apostólico no Brasil. Tradução: Ivar Vingren. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, pp. 7-44; VINGREN, Ivar. Det började i Pará - Svensk Pingstmission i Brasilien (Tudo começou no Pará - missão pentecostal sueca no Brasil). Ekrö, Suécia: MissionsInstitutet-PMU, 1994, pp. 28-34; Boa Semente, Belém (PA), setembro 1930, p. 5; Mensageiro da Paz, CPAD, setembro 1999; janeiro 1997; dezembro 1985; junho 1980; março 1980; agosto 1936, p. 5, 1a quinzena; julho 1936, p. 7, 2a quinzena; fevereiro 1933, p. 7, 2a quinzena; julho 1963 p. 1 2a quinzena; novembro 1933, p. 6, 2a quinzena; novembro 1989, p. 12; setembro 1981; Obreiro, CPAD, jan-mar 1979, pp.42-45; A Seara, CPAD, janeiro 1957, pp. 23-26, 36; julho 1963, pp. 4, 5.

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